Por: Guilherme Bandeira, Lívia Mattos e Rebeca Franco
Desde o início da epidemia de Aids até junho de 2015, foram registrados no país 798.366 casos da doença, segundo o portal governamental do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.
Do ponto de vista técnico, a sigla Aids é a abreviação de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida e é causada pelo HIV, ou Vírus da Imunodeficiência Humana. Segundo a infectologista Marta Fragoso, do Hospital VITA, o vírus se instala nas células responsáveis pelo sistema imunológico, as chamadas TCD4, multiplicando-se dentro delas, reduzindo-as e impedindo que hajam. Desse modo, o vírus abre caminho para as infecções por bactérias, fungos e vírus, que aproveitam a baixa imunidade e se manifestam no estágio mais avançado da doença.
Ainda segundo a infectologista, a doença se divide em três estágios, que classificam os tipos de sintomas:
Sobre as formas de contágio, Marta explica que, além das relações sexuais, ele também pode acontecer por meio do uso de drogas e do compartilhamento de seringas e agulhas. Outra situação de risco são os acidentes nos quais que ocorrem cortes com objetos contaminados com sangue ou por respingos em mucosas de profissionais de saúde. O vírus também é transmitido em transfusões sanguíneas e passa da mãe contaminada para o feto, durante o parto ou na amamentação, sendo chamado de transmissão vertical, que pode ser prevenida tomando cuidados como parto do tipo cesariana.
A infectologista enfatiza que não há cura para doença até o momento, mas há formas de tratamento para controlar a infecção, no caso de quem é soropositivo; e para retardar a doença, na situação de quem já tem Aids. O tratamento é realizado com o uso de medicamentos denominados de Terapia Antiretroviral (TARV), com a combinação de drogas de várias classes que atuam de forma sinérgica impedindo o HIV de se multiplicar.
Diferenciando HIV, Aids e soropositivo
O HIV é o vírus responsável pela doença. É ele que é transmitido de pessoa para pessoa. Já Aids é a condição provocada pelo vírus já instalado no organismo, com os sintomas em estágio avançado.
Finalmente, soropositivo é o termo usado para desginar a pessoa que tem o vírus HIV no organismo, porém ainda não apresentou sintomas da doença. Esse tipo de paciente não tem muitas modificações na própria vida, tendo apenas de manter uma rotina de exames e de começar a tomar o coquetel de tratamento, caso o médico solicite.
Como os portadores veem a doença
Toni Correa Costa é portador de HIV há 20 anos, soropositivo assintomático, e conta que, depois de tantos anos, vive uma vida normal. “Estamos nos dando muito bem”, diz ele, bem humorado, fazendo referência ao vírus.
Para o tratamento, Toni toma o coquetel regularmente e conta que, hoje em dia, a medicação é muito mais eficaz do que quando começou a tomar. Segundo ele, o coquetel e os profissionais que continuam se especializando são o motivo de ele ainda ser assintomático, não tendo a doença, apenas o vírus.
Além disso, Correa também coloca as esperanças na fé e diz não culpar ninguém por passar por essa situação. “Foi para me mostrar um outro lado da vida; me tornar mais humilde perante as pessoas e os obstáculos. A doença me fazer prestar mais atenção aos problemas dos outros antes de me queixar dos meus”, conta.
Desde o início da epidemia de Aids até junho de 2015, foram registrados no país 798.366 casos da doença, segundo o portal governamental do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.
Do ponto de vista técnico, a sigla Aids é a abreviação de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida e é causada pelo HIV, ou Vírus da Imunodeficiência Humana. Segundo a infectologista Marta Fragoso, do Hospital VITA, o vírus se instala nas células responsáveis pelo sistema imunológico, as chamadas TCD4, multiplicando-se dentro delas, reduzindo-as e impedindo que hajam. Desse modo, o vírus abre caminho para as infecções por bactérias, fungos e vírus, que aproveitam a baixa imunidade e se manifestam no estágio mais avançado da doença.
Ainda segundo a infectologista, a doença se divide em três estágios, que classificam os tipos de sintomas:
- Infecção aguda: acontece de três a seis semanas após o contágio, e os sintomas são muito parecidos aos de uma gripe com febre, dor intensa pelo corpo e mal estar;
- Fase assintomática: caracterizada pela intensa infecção viral a nível celular - invasão dos linfócitos TCD4;
- Fase sintomática: aquela em que, em decorrência da intensa imunodeficiência com TCD4 abaixo de 200, gera febre, emagrecimento acentuado, diarréia, meningite, pneumonias, sudorese noturna, lesões de pele, esofagite e alguns tipos de câncer. Estes sintomas se apresentam em função de bactérias, vírus e fungos oportunistas (independentes do HIV).
Sobre as formas de contágio, Marta explica que, além das relações sexuais, ele também pode acontecer por meio do uso de drogas e do compartilhamento de seringas e agulhas. Outra situação de risco são os acidentes nos quais que ocorrem cortes com objetos contaminados com sangue ou por respingos em mucosas de profissionais de saúde. O vírus também é transmitido em transfusões sanguíneas e passa da mãe contaminada para o feto, durante o parto ou na amamentação, sendo chamado de transmissão vertical, que pode ser prevenida tomando cuidados como parto do tipo cesariana.
A infectologista enfatiza que não há cura para doença até o momento, mas há formas de tratamento para controlar a infecção, no caso de quem é soropositivo; e para retardar a doença, na situação de quem já tem Aids. O tratamento é realizado com o uso de medicamentos denominados de Terapia Antiretroviral (TARV), com a combinação de drogas de várias classes que atuam de forma sinérgica impedindo o HIV de se multiplicar.
Diferenciando HIV, Aids e soropositivo
O HIV é o vírus responsável pela doença. É ele que é transmitido de pessoa para pessoa. Já Aids é a condição provocada pelo vírus já instalado no organismo, com os sintomas em estágio avançado.
Finalmente, soropositivo é o termo usado para desginar a pessoa que tem o vírus HIV no organismo, porém ainda não apresentou sintomas da doença. Esse tipo de paciente não tem muitas modificações na própria vida, tendo apenas de manter uma rotina de exames e de começar a tomar o coquetel de tratamento, caso o médico solicite.
Como os portadores veem a doença
Toni Correa Costa é portador de HIV há 20 anos, soropositivo assintomático, e conta que, depois de tantos anos, vive uma vida normal. “Estamos nos dando muito bem”, diz ele, bem humorado, fazendo referência ao vírus.
Para o tratamento, Toni toma o coquetel regularmente e conta que, hoje em dia, a medicação é muito mais eficaz do que quando começou a tomar. Segundo ele, o coquetel e os profissionais que continuam se especializando são o motivo de ele ainda ser assintomático, não tendo a doença, apenas o vírus.
Além disso, Correa também coloca as esperanças na fé e diz não culpar ninguém por passar por essa situação. “Foi para me mostrar um outro lado da vida; me tornar mais humilde perante as pessoas e os obstáculos. A doença me fazer prestar mais atenção aos problemas dos outros antes de me queixar dos meus”, conta.